Salve Saravá!


Sob o sol...salve saravá!

Não resta pôr...nas ondas no mar.

Além do luar...salve saravá!

Entre as portas...o coração!

Salve saravá!


sábado, 4 de junho de 2011

Na Multidão de cores.

No meio da passeata eu a vi. No encontro com a multidão senti o toque da sua pele manhosa. Tudo era nostalgia, lógico que procurei interagir. Estava no centro da maior cidade do país. Me transformava desde a entrada pela ponte velha que cruza o rio adormecido.

Tudo ocorre como uma benção, como no candomblé, na macumba, na quibamda onde se reconhece o calor das forças que agem no oculto da alma. Sem meios de fugir, se entra e se banha nas brumas do cigarro. Barato é o desembarque. Somos como uma celebridade recém saída do confinamento, cheia de esperança e com o estômago vazio de pudor; nos atiramos ao desconhecido como navegantes solitários, que indo de encontro ao rei pede um barco, e sai na procura de si mesmo.

Se encontra, não sei. Ninguém nunca ousou voltar para contar o fato, mas é certo que encontram algo, só não partilham, já que hoje todos nos tornamos uma ilha, isolada no e-mail ou nas redes sociais que especulam as casas silenciosamente e deixam a história confinada aos loucos que tecem este mundo.

Chego e compro o bilhete, não; o de hoje é cartão, recarrego e subo. Não me movo, estou sendo içada pela escada assim como pela vida que pulsa e instiga meus desejos em busca do novo. Sinto que estou debaixo da terra. Como estamos enterrados se ainda respiramos? Não sabe tadinha, vive olhando os rostos anônimos da megalópole que nos engole e traga, sem rodeios de se embriagar.

Todos queremos isso. Procuro ficar alerta, acho sempre que irei perder a estação. Olho no relógio e ainda tenho tempo. O que venho fazer aqui? Sempre espero a resposta. È instinto. Quero sentir a proteção como o meu ancestral, quero ter colo, ter cheiro de gente grudado em mim. Preciso ter você, é a única certeza.

Sigo o roteiro conforme indicou o site. Em baixo da memória é o ponto. Encontro desconhecidos, barulho , agitação, faixas e vozes compõe a melodia, não é nova a rima, é na rua, com mestres sem educação; conhecimento sem mérito. São passos caprichados, estou dentro, sou deles, parece que falo sem abrir a boca. Sim sou ouvida, se o telefone tocar não vou ouvir, como ela virá? Fiquei bonita? Não vou olhar no espelho, prefiro a retina dela, ela me diz o que vê.

È verdadeiro o protesto. Estamos dentro do caos. Somos responsáveis pelos jovens, mas quem cuida de mim. Isso eu sei, é você. E quem cuida de ti?

Rezo para que o trânsito não embole. Se demorar o calor vai acelerar o suor. Vou escorrer depois, nos seus braços em Paris, é assim mesmo, partimos para outro país, somos imigrantes, tolidas de embaraço assim como os primeiros visitantes que por aqui espiaram, vislumbre do paraíso é respirar ofegante, nas selvas dos teus cabelos que tocam o meu corpo.

São seus meus beijos. São meus estes protestos. Queremos salário, queremos mesmo é ser vistos, como pessoas da carne, não fantasmas, nada além de humano. Senti o aroma, é salgada; a pipoca tem feitiço. Sempre traz um colorido para os eventos, sem o carrinho parado na calçada não existe público para o espetáculo.

Na boca pequena dizia que era pura armação. È pra denegrir; sim assim se espalha o boato e os mais ladinos desprezam a causa. Não faria isso com você. Espero minha hora de ser a única. Já sou, me lembrou bem suas indagações, foi com tais argumentos que sai, para a Paulista, para nosso mundo.

Olha o céu. Estou com ele neste lugar. Isso é parceria. Não falha, só a noite fica difícil imaginar que ele está lá, no fundo pintando a tela para o despontar da lua, lua nua, peguei emprestado de você, já é referencia.

Tantos nomes para descrever. Dúvidas? Procure no google. È bem provável que vire um link, se é patrocinado vamos ter acesso ao admirável estágio do capital honroso. Ninguém vai ligar, não vai sim. Eterno debate entre o bem e o mal, será que o bem está em cima do caminhão gritando frases de efeito? A greve continua, mas quem se em porta ? Está trancada. Lá dentro é oficialmente o legítimo, para os pais é absurdo, vão fazer o que com esses moleques em casa?

Eu tomo conta de você. Serás minha; e só sua ei de ser. Poderia ser da idade média, o fogo seria nosso fim. Estou sem isqueiro. Quero fumar, saco um do maço, mais tarde o primeiro vai ser especial e ilegal também; dá barato é bom, potencializa o máximo.

A gente nem precisava; eu sei, mas é diferente. Sou o seu diferente, a única. Agora um segredo: você também é a minha. A número um.

Vai desconfiar desta frase. Tudo bem. Tiro certo, é bem posto o ciúme. Eu o tenho, de uma forma minha, mas tenho.

Ando. Faço de conta que vim com uma caravana, olha lá, faixa de pertinho de casa, será que conheço alguma pessoa? Não. Pode até ser, agora estou por aqui, junto com eles, sou sangue rubro, bugre, fado, molho ao sugo, batom carmim na boca dela.

A gente anda. Aqui passa muitos carros. Existe pesquisa para contar quantos se deslocam em uma hora, em meia, com um décimo, em segundos. È muito viu; e vai cada um no seu. Vidro fechado, que cara de raiva, mais um engarrafamento na sexta, novidade. Quem souber porque sempre escolhem este lugar no mapa ganha um doce.

Agora é com cobertura. O cheiro está bom. O moço ta terminando de estourar. Não resisto, como de novo. Assim faço contigo, e faz comigo, não é via de mão única. Façamos juntas, é demais. Falta quanto pra você chegar? Pouco. Já estamos na esquina, não sabia que iria ficar sem emprego. Ano que vem eu volto; pro mesmo emprego, pro mesmo salário, volto diferente. Sei disso, como você vai descer, está parado, tem polícia, amarelinho para tudo quanto é canto. Atrasou, que angústia. Cada pequena perda é sentida, um lamento suspira; deixa chegar o fim não sofro antes, sábia você.

Agora estou pronta. Olha pra gente, te vi, perdi, encontrei, beleza.

Como digo: Oi. Queria te beijar na boca, com calafrios de paixão, para mostrar toda a minha saudade. Você já viu. Queria me beijar também.

Estava escrito na placa: aberto. Entra amor, o andar é o quinto. Sobe na cama, deita suas lagrimas em mim. Depois não existe. Somos eu, você, a imensidão e o nada nas ruas da cidade.

Autora: Sebastiana G. de Sousa. 30/01/2011.

domingo, 7 de novembro de 2010

Madrugada...

Na noite seguinte o sono não veio. Já era hora de deixar os pensamentos soltos, mas a cortina da noite não deixou. Um sorriso pálido saltou pela boca, deixando o queixo torcido para o lado; quase uma tortuosa imagem do palhaço triste que tenta convencer as pessoas a imaginarem momentos felizes.
Podia passar os carros na rua alurdino como cães ladrando, sem rumo e com espaço para a gritaria de sons. Nada poderia frear as batidas do coração, pois a visão disparava trazendo as cores do dia amarelado. Sou eu que tomo conta de mim? Estou influênciando ou sou levada por ondas estéries de azul?
Para uma história fazer sucesso é preciso trazer as traqueiras que nos seguem. Nem sempre se desvencilhar do lixo é simples; se eu fosse um apresentador de programa de humor, daqueles com cara de bom moço, tratado a ovo maltine com o dinheiro confiscado do Collor. Se... , e digo isso na hipótese do se... eu ...imaginar...por ...uma...fração... de...que...que...que... tosse! Tosse! A letra maíuscula é bonita... e todos da platéia riem!
È assim que se faz comédia no Brasil, sempre bancando o insatísfeito e fazendo o popular. No esculaxo, salveee, é nóis... uma reprodução barata da realidade assistida.
Durmo e acordo com o barulho da rua.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bronco dilatador

Remédios...se existisse um para curar as dores da alma eu tomaria...iria além, prescreveria para todos que quisessem se livrar das artrites do coração, das efizemas da tristeza e dos furúnculos da solidão!

sábado, 10 de julho de 2010

Na mesa me sinto...

Sob a mesa, a toalha colorida e barata produzida na China.
O enfeite é marajoara, comprado em Canoa Quebrada de um pseudo índio.
Para comer: bananas, uma mexirica e um bolo!
Restos do almoço, feitos fantasmas nas vasilhas de sorvete.
Uma visão globalizada, meu copo vermelho me lembra o sangue.
Eu não queria estar aqui...constante desequilíbrio mordaz e solitário.
Na mesa me sinto, plena e só.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ciúme doente, ou ciúmes do doente?

Estou doente...
de ciúmes...do ósculo que não veio..
que tosse ruim...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Noites que calam...

Hoje a noite está aconchegante...estou com vontade de falar, só que não há voz.
Embarquei de vez nas metáforas, não teve aula porque faltou luz...e ainda dizem que saímos da idade média...
Vou fumar um pouco e refletir...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Hora da preguiça...

Alô, alô cumpades e amigos... Eis que retorno do inevitável... adora essas frases insignificantes, que nos levam do nada para lugar nenhum.
Estive fora, fora de mim nos últimos tempos...Rondei daqui prá li... acabei lendo um pouco mais sobre Jorge Amado, João Antônio...deixei de escrever uma monografia para fazer uma pôrno...
brincadeira coração...eu quis dizer um artigo!
Enfim, o importante é continuar a sacanagem...portanto amanhã tem mais!!